Alzheimer: 9 sinais iniciais e os principais fatores que provocam demência

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência e afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora seja conhecida pela perda de memória, os sinais iniciais vão muito além do esquecimento e podem aparecer na fala, nas tarefas simples do dia a dia e até no comportamento.
Reconhecer esses sintomas precocemente é fundamental para buscar um diagnóstico, iniciar intervenções e planejar estratégias de cuidado.
Confira abaixo os principais sinais de alerta e descubra também o que pode provocar a demência, segundo estudos recentes:
1. Pausas longas, hesitações e imprecisões na fala
Um dos primeiros sintomas do Alzheimer é a dificuldade em lembrar palavras simples. Isso faz com que a pessoa hesite, use frases incompletas ou recorra a descrições vagas. Por exemplo, em vez de dizer "cachorro", pode dizer: "aquele animal que late...". Com o tempo, esse comportamento se torna cada vez mais evidente.
2. Uso incorreto de palavras ou substituições genéricas
Outro sinal importante é o uso de palavras erradas ou muito genéricas. É comum substituir palavras por outras próximas, mas não exatas — como trocar "cachorro" por "animal" ou "gato". Isso ocorre porque o cérebro começa a perder conexões responsáveis pelo acesso ao vocabulário específico.
3. Falar sobre a tarefa em vez de executá-la
Pessoas em estágios iniciais do Alzheimer podem expressar insegurança ou falar sobre o que deveriam estar fazendo, em vez de realizar a tarefa. Frases como "Não sei se consigo fazer isso" ou "Eu era bom nisso" são frequentes e indicam o comprometimento da função executiva.
4. Redução do vocabulário e repetição de palavras simples
A pessoa começa a usar frases mais simples e repete palavras comuns, evitando termos mais complexos. Esse empobrecimento do vocabulário é um sinal sutil, mas importante, e pode ser percebido em conversas do dia a dia.
5. Dificuldade em listar itens de uma mesma categoria
Pedir para que a pessoa cite alimentos, animais ou objetos domésticos pode revelar dificuldades na memória semântica. Pessoas com Alzheimer têm cada vez mais dificuldade para acessar essas informações organizadas, o que pode ser avaliado por um neuropsicólogo.
6. Perda de memória e dificuldades com atividades cotidianas
Além da dificuldade em lembrar eventos recentes, o Alzheimer compromete a capacidade de realizar tarefas simples, como cozinhar uma receita conhecida ou organizar documentos. Isso acontece porque a função executiva, que ajuda a planejar e organizar, fica prejudicada, levando a confusão e lentidão no dia a dia.
7. Problemas de sono
A produção reduzida de melatonina, hormônio que regula o sono, é comum em pessoas com Alzheimer, o que leva à insônia e fadiga constante. Esse sono fragmentado prejudica ainda mais a função cognitiva e acelera o declínio.
8. Mudanças de humor e comportamento
Irritabilidade, agressividade ou isolamento social são comuns em pessoas com Alzheimer e outras demências, como a demência frontotemporal, que afeta áreas do cérebro ligadas ao comportamento e à regulação emocional. Mudanças súbitas de humor e dificuldade em lidar com emoções são sinais que muitas vezes passam despercebidos, mas merecem atenção.
9. Sinais inesperados de demência que quase ninguém conhece
Além da fala e memória, alguns sinais menos conhecidos incluem:
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Alterações na percepção do tempo (como confundir manhã e noite)
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Dificuldade em se orientar em ambientes familiares
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Esquecimento da função de objetos simples (como usar um garfo ou uma chave)
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Falta de iniciativa e afastamento social progressivo
O que provoca a demência?
Embora a idade seja o principal fator de risco para o desenvolvimento de demência, estudos recentes vêm revelando outros fatores importantes.
Um estudo abrangente com cerca de 40.000 britânicos, publicado na revista científica Nature Communications, identificou três vilões importantes que aumentam o risco de demência:
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Diabetes: O descontrole dos níveis de glicose afeta diretamente a saúde cerebral, favorecendo a inflamação e o envelhecimento precoce dos neurônios.
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Poluição do ar: A exposição contínua a poluentes afeta a oxigenação e o funcionamento cerebral, aumentando o risco de declínio cognitivo.
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Consumo excessivo de álcool: O álcool em excesso danifica conexões cerebrais, contribui para a perda de memória e acelera processos neurodegenerativos.
Outros fatores que também elevam o risco incluem hipertensão, obesidade, sedentarismo, isolamento social e baixo nível educacional. A boa notícia é que muitos desses fatores podem ser prevenidos ou controlados.
Quando buscar ajuda?
Esquecer palavras ou sentir cansaço ocasionalmente é normal. Mas quando essas dificuldades se tornam frequentes, progressivas e começam a impactar a vida diária, é hora de procurar um especialista.
A avaliação neuropsicológica é fundamental para identificar alterações cognitivas, avaliar o grau de comprometimento e ajudar a planejar intervenções que podem retardar o avanço da doença e melhorar a qualidade de vida.
Como posso te ajudar?
Em meu consultório, realizo avaliações neuropsicológicas completas, presenciais e online, com protocolos modernos para detecção precoce de alterações cognitivas. O diagnóstico antecipado permite intervenções preventivas, orientações familiares e, muitas vezes, um impacto positivo no curso da doença.
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